segunda-feira, 27 de abril de 2015

Cafeinado 2014, obrigada!

Olhando fotos antigas, minhas e tiradas por mim, pude perceber a mudança. No rosto, sorriso, expressão. Mas, principalmente, nos olhos! O olhar mudou tanto que até assustei! A aparência foi o de menos, o olhar é o que me trouxe consciência do quando amadureci, das coisas que vi e vivi, decisões que tive que tomar, da clareza de consciência que tive sobre mim no universo, tempo e espaço, nos erros, acertos, felicidades e tristezas e seus reais porquês. Levei um choque quando vi uma foto no natal de 2013, um dia antes da grande viajem ao Universo Paralello. Essa viagem me trouxe muitas coisas, sensações, emoções. Mas levou outras. Simples, como a vida deve ser: essa simples troca de experiências.
2014 já tinha começado, mas eu ainda não tinha retornado. Estava alta, lá no sul da Bahia, absorvendo a brisa e a energia daquele sol, daquele mar, daquele cheiro que só existe lá. E, por fim, entendendo que já era hora de voltar, sem saber ao certo o porquê e para quem, mas tinha de voltar.
E foi na volta, na estagnação, na decepção e nas escolhas que não faziam sentido, que percebi que eu não tinha nada. Que eu vivia o sonho da outra pessoa, e que essa pessoa tomara meu "eu", minha energia. E, naturalmente, a afastei de mim, desapeguei, me toquei que eu não era eu com ela, talvez nunca tenha sido. A partir desse momento parei, e recomecei do zero. Não tinha dinheiro, emprego ou ideia do que fazer. Eu me entreguei para a vida e foi aí que ela me viu, e me surpreendeu. Larguei o cursinho pré-vestibular que não fazia sentido algum para mim, pois não era de fato vontade minha. Finalizei o curso de fotografia, que também não me recordo do porquê ter feito, mas que apesar de tudo valeu a pena (qualquer tipo de aprendizado vale a pena), e ingressei no que o destino preparou para mim. Pois é, 2014 foi um ano de recomeço! Recomecei do zero, sem um puto no bolso, sem trabalho, sem esperanças e planos.
Tudo começou a fluir num dia ocioso, quando estava rolando o feed de notícias do Facebook, ao invés de estar estudando, e ouvi o chamado da Raposa. Larguei o cursinhos e fui me aventurar na toca da Raposeiras, no laboratório de café, onde tive as melhores experiências com café, pessoas, e comigo mesma. (Gratidão Ju´s, pela confiança e apego!). Foi um ano de novas percepções e olhares, sensações e horizontes. Conheci novos métodos de se preparar um café, novos aprendizados, amizades incríveis, cafés incríveis, lugares incríveis incluindo uma fazenda de café em Ibiraci - MG: o grande Portal da Serra! Colhi os frutos. Recebi a recompensa e amadureci. E voltei a sentir aquele frio na barriga, a taquicardia quando ela chegava e quando ela dava tchau da porta do Lab, com aquele sorriso lindo.
Confesso que voltei com uma consciência maior das coisas que fiz e disse no ano passado, e das coisas que deixei de fazer também. E me senti culpada durante o ano todo, pensando em um jeito de me desculpar com ela, apesar de minhas desculpas já terem sido aceitas. Eu queria algo melhor. Ainda sentia aquela culpa me corroendo. Então fiz o que melhor sei fazer nessas horas de agonia: escrevi. Escrevi tudo, botei pra fora. E descobri que apenas isso poderia curar essa ferida que eu mesma tinha feito, e que  não era necessário mostrar à ela meus escritos. Eles me ajudara à expelir a culpa, e o tempo ajudou a cicatrizar o vazio que a culpa causou em mim. E, então, depois de escrever esse texto(link), me senti livre para dar passos adiante. Olhar para ela já não era mais tão aterrorizante como antes, e fazê-la sorrir e presenteá-la com café sempre será prazeroso. Gratidão Camila, por seguir teu caminho sem rancores e livre de qualquer sentimento ruim por mim. E por me proporcionar o mesmo.
Apesar de já estar quase na metade de 2015, só agora tive consciência desse ano que passou, como as coisas foram fluindo no tempo certo, como cada pessoa tem seu destino e como tudo o que aconteceu caminhou para onde estamos agora. Nada foi em vão. Se pudesse voltar no tempo, tentaria fazer tudo igual, porque sinto que estou onde deveria estar, a caminho do meu caminho também.
E apesar de não estar mais no Lab, sou grata por cada minuto naquele lugar. E sou grata por aquele sorriso lindo me dando 'tchau' da porta do Lab me dar 'oi' todos os dias, por compartilhar tua vida comigo e teus beijos tão incríveis quanto ela mesma!
Voltei colhendo uns frutos, e plantando mais.

E bora preparar o terra, porque 2015 já está quase lá também!

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Chuvas de Dezembro

A entrada nostálgica e a vontade de ter voltado no tempo. A descoberta de que continuo aqui, com a culpa nos ombros, prestes a trombar com você e seus olhos seguros por um bloqueio que você parece ter construído contra mim. O incomodo e o corpo que treme, chocado e, ao mesmo tempo, feliz de estar ali diante de você. Às palavras, que não saem, à instabilidade de minha mente e corpo que se contradizem, ao babulcear de coisas que nem eu sei ao certo porque disse, e à tristeza e desconforto, vazio, angustiante e ansioso momento de te dar tchau e sair dali ás pressas, querendo te levar junto, simplesmente porque quero 10 minutos olhar pra você e só. E talvez conseguir ouvir uma confissão, um desabafo, um abraço esclarecedor, ou apenas um "Não volte mais."
À todos esses sentimentos e obsessões, esses calados grudados no meu corpo, essas marcas manchando os olhos e o coração, esse plástico que sufoca a boca e os ouvidos que tampam, e à estas palavras causadoras, desanimadoras e partidoras de coração. À todo esse desconforto no silêncio em tua presença (pois este nunca me foi desconfortável). Peço, humildemente e com fé, que saiam de mim. Se desapeguem de mim, pois o que queres não é recíproco, pois não os quero aqui em mim. Neste corpo não há mais espaço para tais incomodos, não há mais cômodos. Não quero mais receber dor como pagamento de aluguel, pois o que quero dizer com tudo isso é, simplesmente, que me deixem aqui, sozinha. Sozinha estarei melhor. Sem dores e angústia. E à culpa, que já não me serve mais, que vá para o além. O espaço que ocupas é grande demais. A ponto de não existir espaço nem para mim mesma, me sentindo mais culpa do que humana.
Não existe paz sem guerra. Então que esta seja travada contra esses elementos que ocupam o espaço deste ser. Que venha a tempestade para limpar este ser, para mostrar teu céu azul bravo e limpo de dor, livre.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Sem título

Sabe de uma coisa?! Quando eu o ouvia reclamando de nós à respeito de nossas estradas, decisões e perspectivas de futuro, achava-o tão egoísta. Sempre nos comparando à ele e ao seu tempo, como se nossa obrigadação fosse superá-lo. Mas hoje descobri que, de fato, essa deve ser e é nossa missão.
Ele não é egoísta neste assunto. Ele pode ser grosso, rude e as vezes não ter noção de que palavras machucam, mas ele está correto, verdadeiro.O que eu quero dizer é que estamos aqui por causa dele. Bom, não só por ele. Tem ela também! Estamos aqui e estamos saudáveis em nossa terra, que pode não ser nossa, mas à ela pertencemos.
E o que antes era mágoa, virou gratidão. Eu compreendi, Pai. Você nos trouxe até aqui, são e salvos, e agora temos de andar com nossas pernas, nossas mentes formadas e nosso sangue, que é feito de perdas e ganhos, é forte e que sempre esteve aqui nos cutucando e dizendo pra não desistir, pra tentar outra vez, outra coisa, qualquer coisa. Sim, demorou muito para eu compreender isso. Mas nunca é tarde para fazermos algo. E acredito que tudo tem o seu tempo.
Gratidão, Pai e Mãe, por formarem a pessoa que sou agora.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

2013... Bem 13.

Ja fazem 4 meses que estou aqui, em 2014. E confesso, muitas coisas já aconteceram, muitos tapas na cara já recebi. E agora estou aqui, pronta para outras aventuras.
O ano de 2013 foi, realmente, 13! Comecei o ano superando uma dor 13. Comecei o ano finalizando o Tsuru número 1.000. Não sei ao certo o dia que superei de vez as dores das feridas do meu coração, mas sei bem a delícia que foi o alívio, o sorriso estampado de volta no rosto, o olhar tranquilo e despreocupado e curado daquele vício de estar sempre à procura dela. Alívio imediato.
Não sei ao certo, também, se meu pedido foi aceito e realizado. Mas que eu voltei a me apaixonar, e amar, foi fato. Meus olhos se acostumaram com os olhos dela à me encarar curiosos. E aquela coisa que surgi dentro de você e só pode ser expressado por sintonias e frequências nasceu em mim. Me revitalizei. Mas me apaixonei de novo. E meus ouvidos se acostumaram com a voz dela me contando histórias odisseísticas. Percebi que amava livremente sem saber que condenava duas lindas almas, sem contar minha própria.
2013 foi 13, e minhas atitudes também. Paguei o preço por ter sido egoísta e inconsequente e fiz o que deveria ter feito a muito tempo: libertei essas duas lindas almas da confusão que sou. E agora somos livre e belas deste jeito (assim espero). Like "beautiful savages".
Sem dúvidas foi o ano de transição. Foi como se eu estivesse numa fase Drummoniana "eu maior que o mundo", passando para "eu menor que o mundo" em Sentimento do Mundo. Pude conhecer a plenitude e incomplenitude em níveis variáveis. Abri meus olhos para o mundo graças às duas pessoas mais lindas e incríveis que conheci (as duas lindas almas, que sou muito grata por continuarem na minha vida!). E descobri que a vida é muito mais. Descobri aquele algo a mais que queria e não sabia ao certo o que era! Então fiz o óbvio: Deixei meu emprego de lado, me preparei fisicamente e mentalmente, me equipei e viajei... Literalmente.
Novos lugares, horizontes. Novas sensações, visões. Um Universo Parallelo sem fronteiras em plena Costa de Descobrimento. Lugar sugestivo, não?! Gratidão Bianca, pela incrível aventura. Gratidão às constelações que se mostraram por inteiras para mim e disseram "explore".
Poderia escrever páginas e páginas dessa viajem, mas devo confessar que ela foi muito mais interna. Esta implantada em mim, e sinto que começou à aflorar neste exato momento. Estou de volta. Poderia escrever páginas e páginas sobre a confusão que causei com as duas lindas almas. Mas não vale mais à pena retomar atitudes passadas. Sim, cometi muitos erros e muitas mágoas. Atitudes que não compreendo até hoje. Mas coisas maravilhosas aconteceram em torno disto, e é isso que prefiro manter. Deixe estar.
Pois é, 2013 foi 13. E me mostrou que ser 13 tem tambem seu lado bom. 2013 mostrou que a vida é 13, mostrou o que é transcender-se.
E depois de 4 meses de 2014, percebi que este ano vai ser o ano da luta, da Guerra, do "Olho por olho, Dente por dente", do tudo ou nada... 2014, o ano D!

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Dois mil e (muahahahah) 12.

Que irônico, 2012 ia "acabar" com o mundo de vez. Mas o feitiço se virou contra o feiticeiro e o mundo continuou e acabou com 2012! Foi divertido enquanto durou o boato, e o ano acabou em tão pouco tempo que eu não sei se fico feliz ou triste... Em todo caso, melhor ficar feliz! Afinal, virada de ano é aquela época de mudanças, expectativas, retrospectivas. Não foi um ano fácil, nem um dos melhores. Mas, acredito eu, que tenha sido um ano de aprendizado. 2012 me deu um tapa na cara. Foi o ano em que a vida me deu um cookie delicioso, logo depois me deu um chute na canela e pegou meu cookie de volta. Acreditem, foi exatamente essa sensação que eu tive.
Não estou afim de relembrar momentos ruins, tragédias e quando as feridas do meu coração pioraram. Quero apenas refletir e compartilhar o que aprendi: não devemos nos deixar levar por coisas do passado. Por mais que certas coisas já tenham passado, algo sempre reaparece e mexe com você. E quando você pensa que está tudo lindo, você descobre que não está. Meu coração apanhou muito esse ano. Minha vida fico um caos. Virei uma bagunça completa quando ela se virou e seguiu seu dia-a-dia sem mim. Respeito e entendo seus motivos. Mas foi inevitável, cai aos pedaços e passei o resto do ano no chão, sem saber como levantar, num completo limbo.
O destino vem brincando comigo já faz um bom tempo. E eu, sinceramente, espero ser recompensada por isso! E no dia 11 de novembro desse ano travesso (pra não dizer outras coisas!), quando me senti profundamente sozinha e triste (apesar da festinha com a família) decidi fazer algo pra me libertar. Algo que me desse independência e realização: decidi ter fé e fazer Mil Tsuru's até o réveillon.
[Bom, descobri também que não devemos descontar nossas dores no trabalho, nos amigos, nos animais ou em nós mesmos. Nossas dores existem, são reais. Coração partido dói muito mais que corte na mão, ou quando batemos o dedinho do pé numa quina. Temos que saber tratá-la, apenas. E não devemos nos sentirmos culpados por não ter dado certo e muito menos culpar a pessoa, pois o carma existe, e o destino também.]
2012 não me trouxe muitas felicidades, apesar de ter sido bem divertido, mas me mostrou bastante realidades. Consegui abrir minha poupança, fiz minha tattoo, não me certifiquei barista, não fiz os mil Tsuru's antes do ano novo.
E agora estou aqui com o papel no colo, pronta pra fazer o Tsuru mil. Com fé e esperança de que meu pedido vai se realizar, e cheia de planos pra esse ano que, espero eu, seja um pouco mais gentil e amável que 2012.
Vem 2013, que eu estou aqui livre e de braços abertos para curtimos cada detalhe desse mundão juntos.
Mais amor, por favor, e que assim seja! Obrigada.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Beeem de boa.

"Você pode não ser o primeiro homem dela, o último homem dela ou o único homem dela.
Ela amou antes, pode ser que ela ame de novo. Mas se ela te ama agora, o que mais importa?
Ela não é perfeita - você também não é, e vocês dois podem nunca ser perfeitos juntos, mas se ela te faz rir, te faz pensar duas vezes, e admite ser humana e cometer erros, segure-se a ela e dê a ela o máximo que você puder.
Ela pode não estar pensando em você a cada segundo do dia, mas ela te dará uma parte dela que ela sabe que você pode quebrar - o coração dela. Então não machuque ela, não mude ela, não analise e não espere mais do que ela pode dar. Sorria quando ela te fizer feliz, diga a ela quando ela te deixar com raiva, e sinta a falta dela quando ela não estiver por perto".

~ Bob Marley ~

quinta-feira, 1 de março de 2012

Ex-sonho


Ontem me veio um sonho revelador.
Sonhei com minha ex e a namorada dela.
E me veio a cabeça que, sim, existe alguém para cada pessoa.
E que somos merecedores desse alguém.
Temos que passar por muitas coisas, boas e ruins, experiências únicas, perrengues e separações.
Temos que estar prontos e crescidos para essa pessoa.
Temos que ter o coração partido. Ir até nosso extremo. Descer.
Amar em excesso, amar pouco, aceitar, rejeitar, implorar, deixar estar, se libertar.
Achar que nunca mais vai amar e ser amada novamente. Confirmar.
Até essa pessoa chegar pra provar que você estava enganada.
E, quando menos se espera, ela já faz parte da sua vida. Naturalmente.
Sem prazos e promessas..

sábado, 31 de dezembro de 2011

365º dia.

Relatos de 365 dias não é fácil. E já estamos no último. É o utimo dia de entrega do relatório e quero bater o do ano passado.
Você sabe que está viva quando alguém te faz presente na vida dela. Devo muito a muitas pessoas, mais pra uma em particular. Uma amiga, irmã, bródi. Ela sabe que é ela! Obrigada por cada segundo na tua vida, embora alguns deles foram brigas.. mas foram esses segundos que descobri o quanto te amo e o quanto você é importante pra mim. E o quanto sou importante pra você. Te amo minta tortinha d amora <3.
Ser a bartender da família não é facil, mas é divertido. 2011 não foi fácil, mas foi diverido. E será a cada ano que passar. Que venham mais 365 dias difíceis e divertidos, eu não me importo. Na dificuldade descobrimos que somos mais forte, e descobrimos com quem podemos contar. Posso contar com pessoas maravilhosas, poucas, porém únicas.
Foi o ano de despertar o santo graal em mim. Obrigada Marco! O grão em mim floorou, e agora faço parte dos fortes, poucos e únicos que valorizam o que faz: café. Que não é só café, mas isso é uma outra história que renderá muitas linha. Não fugirei do assunto do relato: o começo de continuação.
Não lembrava o porque de sair sozinha até alguns dias atrás. Eu não sou um grupo que sai pra enlouquecer. Eu sou uma pessoa a procura de pessoas reais, verdadeiras, que sabem sentir, degustar, expressar, amar, compartilhar e receber. Eu sou apenas uma garota que ama, e pede pra ser amada de volta.

O começo do fim: 07h00, 'Fê, vai trabalhar que horas hoje?' Porra, trabalhar!Num fim de ano típico de fim de balada, eu levanto pra tomar uma chuva e fazer alguns cappuccinos. É 2011 chegando ao fim de alma lavada. Valeu carinha, pelas coisas boas e pelas ruins, também. Aprendi com elas muito mais do que com bronca de mãe.
E nesse clima de fim de festa, escrevo afundada numa das delícias de poltronas do salão pátio café. Não poderia estar num lugar melhor, com companhia melhor, ouvindo música melhor.. ok, poderia,sim. Mas sou otimista. Comer pão de queijo, tomando um sul de minas, ouvindo Oasis com colegas de trabalho não tem preço. Estou viva e curtindo a cada dia.

E pra fechar o dia/ano, nada melhor que bons drinks, família reunida e Beto Barbosa!
Adoca meu amor, adocica a vida! E que 2012 seja adocicado com good vibes ;D

Beijos alcoolizados de caipirinha tradicional brasileira. Cheers!