sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Chuvas de Dezembro

A entrada nostálgica e a vontade de ter voltado no tempo. A descoberta de que continuo aqui, com a culpa nos ombros, prestes a trombar com você e seus olhos seguros por um bloqueio que você parece ter construído contra mim. O incomodo e o corpo que treme, chocado e, ao mesmo tempo, feliz de estar ali diante de você. Às palavras, que não saem, à instabilidade de minha mente e corpo que se contradizem, ao babulcear de coisas que nem eu sei ao certo porque disse, e à tristeza e desconforto, vazio, angustiante e ansioso momento de te dar tchau e sair dali ás pressas, querendo te levar junto, simplesmente porque quero 10 minutos olhar pra você e só. E talvez conseguir ouvir uma confissão, um desabafo, um abraço esclarecedor, ou apenas um "Não volte mais."
À todos esses sentimentos e obsessões, esses calados grudados no meu corpo, essas marcas manchando os olhos e o coração, esse plástico que sufoca a boca e os ouvidos que tampam, e à estas palavras causadoras, desanimadoras e partidoras de coração. À todo esse desconforto no silêncio em tua presença (pois este nunca me foi desconfortável). Peço, humildemente e com fé, que saiam de mim. Se desapeguem de mim, pois o que queres não é recíproco, pois não os quero aqui em mim. Neste corpo não há mais espaço para tais incomodos, não há mais cômodos. Não quero mais receber dor como pagamento de aluguel, pois o que quero dizer com tudo isso é, simplesmente, que me deixem aqui, sozinha. Sozinha estarei melhor. Sem dores e angústia. E à culpa, que já não me serve mais, que vá para o além. O espaço que ocupas é grande demais. A ponto de não existir espaço nem para mim mesma, me sentindo mais culpa do que humana.
Não existe paz sem guerra. Então que esta seja travada contra esses elementos que ocupam o espaço deste ser. Que venha a tempestade para limpar este ser, para mostrar teu céu azul bravo e limpo de dor, livre.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Sem título

Sabe de uma coisa?! Quando eu o ouvia reclamando de nós à respeito de nossas estradas, decisões e perspectivas de futuro, achava-o tão egoísta. Sempre nos comparando à ele e ao seu tempo, como se nossa obrigadação fosse superá-lo. Mas hoje descobri que, de fato, essa deve ser e é nossa missão.
Ele não é egoísta neste assunto. Ele pode ser grosso, rude e as vezes não ter noção de que palavras machucam, mas ele está correto, verdadeiro.O que eu quero dizer é que estamos aqui por causa dele. Bom, não só por ele. Tem ela também! Estamos aqui e estamos saudáveis em nossa terra, que pode não ser nossa, mas à ela pertencemos.
E o que antes era mágoa, virou gratidão. Eu compreendi, Pai. Você nos trouxe até aqui, são e salvos, e agora temos de andar com nossas pernas, nossas mentes formadas e nosso sangue, que é feito de perdas e ganhos, é forte e que sempre esteve aqui nos cutucando e dizendo pra não desistir, pra tentar outra vez, outra coisa, qualquer coisa. Sim, demorou muito para eu compreender isso. Mas nunca é tarde para fazermos algo. E acredito que tudo tem o seu tempo.
Gratidão, Pai e Mãe, por formarem a pessoa que sou agora.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

2013... Bem 13.

Ja fazem 4 meses que estou aqui, em 2014. E confesso, muitas coisas já aconteceram, muitos tapas na cara já recebi. E agora estou aqui, pronta para outras aventuras.
O ano de 2013 foi, realmente, 13! Comecei o ano superando uma dor 13. Comecei o ano finalizando o Tsuru número 1.000. Não sei ao certo o dia que superei de vez as dores das feridas do meu coração, mas sei bem a delícia que foi o alívio, o sorriso estampado de volta no rosto, o olhar tranquilo e despreocupado e curado daquele vício de estar sempre à procura dela. Alívio imediato.
Não sei ao certo, também, se meu pedido foi aceito e realizado. Mas que eu voltei a me apaixonar, e amar, foi fato. Meus olhos se acostumaram com os olhos dela à me encarar curiosos. E aquela coisa que surgi dentro de você e só pode ser expressado por sintonias e frequências nasceu em mim. Me revitalizei. Mas me apaixonei de novo. E meus ouvidos se acostumaram com a voz dela me contando histórias odisseísticas. Percebi que amava livremente sem saber que condenava duas lindas almas, sem contar minha própria.
2013 foi 13, e minhas atitudes também. Paguei o preço por ter sido egoísta e inconsequente e fiz o que deveria ter feito a muito tempo: libertei essas duas lindas almas da confusão que sou. E agora somos livre e belas deste jeito (assim espero). Like "beautiful savages".
Sem dúvidas foi o ano de transição. Foi como se eu estivesse numa fase Drummoniana "eu maior que o mundo", passando para "eu menor que o mundo" em Sentimento do Mundo. Pude conhecer a plenitude e incomplenitude em níveis variáveis. Abri meus olhos para o mundo graças às duas pessoas mais lindas e incríveis que conheci (as duas lindas almas, que sou muito grata por continuarem na minha vida!). E descobri que a vida é muito mais. Descobri aquele algo a mais que queria e não sabia ao certo o que era! Então fiz o óbvio: Deixei meu emprego de lado, me preparei fisicamente e mentalmente, me equipei e viajei... Literalmente.
Novos lugares, horizontes. Novas sensações, visões. Um Universo Parallelo sem fronteiras em plena Costa de Descobrimento. Lugar sugestivo, não?! Gratidão Bianca, pela incrível aventura. Gratidão às constelações que se mostraram por inteiras para mim e disseram "explore".
Poderia escrever páginas e páginas dessa viajem, mas devo confessar que ela foi muito mais interna. Esta implantada em mim, e sinto que começou à aflorar neste exato momento. Estou de volta. Poderia escrever páginas e páginas sobre a confusão que causei com as duas lindas almas. Mas não vale mais à pena retomar atitudes passadas. Sim, cometi muitos erros e muitas mágoas. Atitudes que não compreendo até hoje. Mas coisas maravilhosas aconteceram em torno disto, e é isso que prefiro manter. Deixe estar.
Pois é, 2013 foi 13. E me mostrou que ser 13 tem tambem seu lado bom. 2013 mostrou que a vida é 13, mostrou o que é transcender-se.
E depois de 4 meses de 2014, percebi que este ano vai ser o ano da luta, da Guerra, do "Olho por olho, Dente por dente", do tudo ou nada... 2014, o ano D!